Vem aí “Sons da Cidade”: 5ª mostra internacional de violão de Belo Horizonte 

Crédito: Ricardo Kawada

De 4 a 7 de junho, a capital mineira recebe o trabalho de artistas do Uruguai, Argentina e do Brasil, a partir de programação diversificada, composta por recitais, rodas de conversa, exibição de documentário, exposição fotográfica, concurso para jovens violonistas, lançamento de livro, e encontros regados a muito afeto e café.

Destaque para nomes como Maria Haro (Uruguai), Victor Piseta (Argentina), Alexandre Gismonti (RJ), Thiago Delegado (BH/MG), Eduardo Campolina (MG) e muitos outros expoentes do violão.

De 4 a 7 de junho, quarta a sábado, o Conservatório de Música da UFMG (Centro) será palco do “Sons da Cidade” – 5ª Mostra Internacional de Violão de Belo Horizonte. Com curadoria do gestor cultural Fernando Chagas e do músico Carlos Walter, a mostra traz programação gratuita e diversificada composta por recitais, rodas de conversa, exibição de documentário, exposição fotográfica, concurso para jovens violonistas, lançamento de livro, e encontros regados a muito afeto e café. A programação é toda gratuita com retirada gratuita de ingressos 30 minutos antes do primeiro recital de cada noite na bilheteria do Conservatório. Para as masterclasses, é necessária inscrição neste Link. +Info. sobre a Mostra Sons da Cidade: www.sonsdacidade.com / Instagram: @mostrasonsdacidade.

A abertura, na quarta-feira, 04.05, conta com os recitais dos músicos Alexandre Gismonti (BH, Brasil) – com obras de seu pai Egberto e de seu bisavô Antônio – e do Grupo GELA (Guitarras Experimentais Latino-Americanas) – dos veteranos Eduardo Campolina, Renato Mendes, Sebastián Barroso e Sérgio Freire. O coletivo experimental participa ainda de uma roda de conversa ao lado do instrumentista e compositor mineiro Thiago Delegado (BH, Brasil). Também está prevista a inauguração da exposição fotográfica Sons da Cidade, que celebra a trajetória da Mostra, desde a sua criação, há seis anos.

Este evento tem o apoio do Instituto Cultural Abrapalavra e é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte.

“Nossa proposta sempre foi valorizar a riqueza do violão em suas múltiplas vertentes, que vai desde a tradição clássica até a música instrumental contemporânea e popular. Alguns artistas convidados apresentam suas próprias composições em performances únicas, no palco, enquanto outros vão revistar peças icônicas do violão brasileiro e internacional”, adianta o idealizador da Mostra, Fernando Chagas

Chagas, que também assina a curadoria ao lado do músico Carlos Walter, lembra que a primeira mostra Internacional de violão, em 2019, também foi realizada no Conservatório da UFMG. “O ‘Sons da Cidade’ surge do desejo de ser um espaço dedicado exclusivamente ao violão. Minas Gerais tem uma forte tradição violonística, seja pelos grandes nomes do Clube da Esquina ou pela atuação de diversos luthiers e violonistas reconhecidos internacionalmente. A escolha se deu pelo seu valor simbólico e histórico: ele transita entre o erudito e o popular, além de fazer parte da formação musical de muitos artistas.”, contextualiza.

Além de bambas e expoentes do violão nacional e internacional, o palco do Conservatório recebe também artistas escolhidos a partir do Concurso Jovens Violonistas, que seleciona a cada Mostra, novos talentos para integrar a programação oficial da Mostra. “Todo ano realizamos o concurso como forma de criar um espaço de projeção para músicos talentosos, em início de carreira, e também, de estimular a renovação artística e a formação de novas gerações de violonistas”, comenta Chagas. O resultado dos selecionados está previsto para ser divulgado no dia 25.05.

DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO

Na 5ª quinta edição, além dos recitais com artistas do violão erudito e popular – o público tem acesso a rodas de conversa, exibição de documentário, lançamentos de livro, exposição de fotografia e muito mais. Abaixo, alguns destaques da programação:

Entre os nomes internacionais do violão, Victor Piseta (Argentina) apresenta tangos e peças folclóricas de seus álbuns “La Yumba”, “El día que me quieras” e “Uno”, além de uma homenagem à cultura brasileira. As mulheres também estão representadas com presenças confirmadas das violonistas uruguaias Maria Haro – e sua sonoridade que vai de obras brasileiras, espanholas, latino-americanas a Bach – e Ana Inês Zeballos, que tocará, na Mostra, em parceria com o músico Edgardo Trigo (Uruguai). O duo, intitulado “Latitudes”, traz obras de Satie, Baden Powell, Piazzolla e Rosauro. Violão e vibrafone se encontram em um recital que cruza música popular e erudita com sensibilidade e técnica.

Da nova geração do violão que vem despontando, destaque para Ana Clara Guerra (Uberlândia, Brasil), que traz seu álbum de estreia “Novos Ventos” (2024) com composições próprias e obras inéditas de nomes como João Camarero, Alessandro Penezzi e Lucas Telles.

Outro expoente do violão contemporâneo no Brasil, o músico, violonista e compositor carioca Alexandre Gismonti (RJ, Brasil), radicado em BH, apresenta, na Mostra, concerto que celebra sua herança musical com obras de seu pai Egberto e de seu bisavô Antônio, além de composições autorais dos seus álbuns “Na pressão” e “Baião de domingo”. Também está na programação, o instrumentista e compositor belo-horizontino Thiago Delegado (BH, Brasil) – que se prepara para lançar, ainda este ano, o sexto álbum da carreira. Referência no violão de sete cordas, Thiago mistura sonoridade simples e sofisticada composição.

Outro destaque é o Grupo GELA (Guitarras Experimentais Latino-Americanas) – formado pelos músicos pesquisadores da UFMG Eduardo Campolina, Renato Mendes, Sebastián Barroso e Sérgio Freire – que propõe, dentro da sonoridade latino-americana, um repertório executado coletivamente, com performances experimentais e criativas.

Além das atrações musicais, destaque também para a exibição do documentário “Violão-canção: Uma Alma Brasileira”, com direção de Chico Saraiva e Rose Satiko. A produção investiga criação artística dos compositores e violonistas João Bosco, Marco Pereira, Sérgio Assad, Guinga, Paulo Bellinati, Paulo César Pinheiro e Luiz Tatit, entremeada por canções clássicas. Mais uma opção é a palestra / recital com lançamento do Livro “José Augusto de Freitas – biografia e álbum de partituras”, em referência ao grande violonista e compositor mineiro, com o autor e músico Celso Faria.

Outro ponto alto da programação, que também vai propor uma viagem no tempo, é a exposição fotográfica “Sons da Cidade”, que celebra a trajetória de quatro edições da Mostra retratando a força de um projeto que atravessou encontros, distâncias e silêncios, com duas edições realizadas em plena pandemia. “As imagens revelam não só a beleza da música e dos artistas, mas a resistência de uma mostra que segue vibrando, reinventando-se e conectando afetos por meio do violão”, comenta Fernando Chagas.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA – SONS DA CIDADE (5ª edição)

4 a 7 de junho, quarta a sábado

Recitais + Documentário + Exposição + Rodas de Conversa + Masterclasses

Acesso gratuito a toda programação

Retirada de ingressos gratuitos para os recitais, 30 minutos antes, na bilheteria do Conservatório da UFMG

+Info.: www.sonsdacidade.com / Instagram: @mostrasonsdacidade

Inscrições para masterclasses – https://linktr.ee/mostrasonsdacidade

04/06 (Quarta-feira)

15h – Masterclass com Maria Haro

Com uma trajetória dedicada à interpretação de compositores brasileiros e latino-americanos e décadas de atuação como docente na UNIRIO, Haro compartilha sua experiência técnica e sensível com violonistas e amantes do instrumento. Um encontro para aprofundar repertórios, técnicas interpretativas e os sentidos do violão na cena contemporânea.

17h – Roda de conversa

Violão: Narrativas Musicais e Expressão Pessoal

Thiago Delegado (BH, Brasil)

Grupo GELA (Guitarras Experimentais Latino-Americanas)

18h – Exposição fotográfica Sons da Cidade – Abertura

A exposição celebra a trajetória de 4 edições da Mostra retratando a força de um projeto que atravessou encontros, distâncias e silêncios, com duas edições realizadas em plena pandemia. As imagens revelam não só a beleza da música e dos artistas, mas a resistência de uma mostra que segue vibrando, reinventando-se e conectando afetos por meio do violão.

19h – Recitais

Alexandre Gismonti (BH, Brasil)

Radicado em BH, o violonista e compositor carioca apresenta um concerto que celebra sua herança musical, com obras de seu pai Egberto e de seu bisavô Antônio, além de composições autorais dos seus álbuns “Na pressão” e “Baião de domingo”.

Grupo GELA (Guitarras Experimentais Latino-Americanas)

O grupo surgiu como consequência do trabalho de pesquisa de quatro intérpretes/criadores da UFMG. Constituído por Eduardo Campolina, Renato Mendes, Sebastián Barroso e Sérgio Freire, o grupo deforma, desarma, reconfigura e recompõe performances com o objetivo de promover perspectivas experimentais, estimulando a criatividade e o trabalho coletivo.

05/06 (Quinta-feira)

17h – Roda de conversa

“O Violão Como Arquivo Sonoro: Identidade, Repertório e Memória”.

Alexandre Gismonti (BH, Brasil)

Maria Haro (Uruguai)

18h – Lançamento de Livro

José Augusto de Freitas – biografia e álbum de partituras.

Recital/palestra com Celso Faria sobre o lançamento da biografia e álbum de partituras do violonista e compositor mineiro José Augusto de Freitas (1912-1990).

19h30 – Recitais

Thiago Delegado (BH, Brasil)

Referência no violão de sete cordas, o instrumentista e compositor mineiro mistura sonoridade simples e sofisticada composição. Está preparando o lançamento do sexto álbum da carreira para 2025.

Ana Inês Zeballos & Edgardo Trigo (Uruguai)

O duo apresenta “Latitudes”, com obras de Satie, Baden Powell, Piazzolla e Rosauro. Violão e vibrafone se encontram em um recital que cruza música popular e erudita com sensibilidade e técnica.

06/06 (Sexta-feira)

15h – Café com Violão

Momento de interação e convívio. Sílvio Carlos com seu violão de 7 cordas convida Thamiris Cunha (Clarineta) para clássicos do choro e da música instrumental brasileira.

17h – Roda de conversa

Violão em Trânsito: Diálogos Entre Tradição e Contemporaneidade

Gustavo Souza

Ana Inês Zeballos & Edgardo Trigo (Uruguai)

19h – Recitais

Ana Clara Guerra (Uberlândia, Brasil)

Apresenta seu álbum de estreia “Novos Ventos” (2024) com composições próprias e obras inéditas de nomes como João Camarero, Alessandro Penezzi e Lucas Telles.

Victor Piseta (Argentina)

Apresenta tangos e peças folclóricas de seus álbuns “La Yumba”, “El día que me quieras” e “Uno”, além de uma homenagem à cultura brasileira.

07/06 (Sábado)

15h – Exibição do Documentário

“Violão-canção: Uma Alma Brasileira”, direção: Chico Saraiva.

Documentário seguido de apresentação musical, com um mergulho poético nas cordas e nas palavras.

17h – Roda de conversa

Diálogos Entre Gerações: A Tradição e a Inovação no Violão

Ana Clara Guerra (Uberlândia, Brasil)

Victor Piseta (Argentina)

19h – Recitais

Gustavo Souza – Composições brasileiras e arranjos afetivos que atravessam choro, frevo, samba, valsa e canção.

Maria Haro (Uruguai) – Obras brasileiras, espanholas, latino-americanas e a Chaconne de Bach no arranjo de Andrés Segovia.

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